sábado, 26 de novembro de 2016

[Opinião Séries] Animal Kingdom


Animal Kingdom


Ora adivinhem lá, esta é mais uma série na qual peguei por sugestão desses meus amigos odiosos que não querem que eu tenha vida social. E claro, foi amor ao primeiro episódio. Esta era uma série cujo título na realidade não me direccionava para temática nenhuma, então admito que fiquei um pouco surpresa quando percebi do que se tratava. Pelo menos garanto que foi uma boa surpresa!

"Animal Kingdom" apresenta-nos a família Cody, que é curiosamente liderada pela matriarca, chamada de Smurf. E esta família, que se apresenta muito ao género sex, drugs and rock&roll (tirando a parte a parte do rock&roll) é na realidade uma família que criminosos. Smurf é a rainha do negócio e, com mão firme, tem que pôr na linha os filhos, que são óptimos a viver a vida loca e a esbanjar dinheiro, enquanto insere o seu neto, J, nos negócios da família.


É impossível uma pessoa não se apaixonar pelo estilo de vida dos Cody. É festas na piscina, surf,  droga, nada de preocupações. E claro, uns roubos aqui, uns assassinatos ali, umas confusões acolá, mas sabem como dizem, não faz omoletes sem quebrar alguns ovos! Este estilo de vida faz com que facilmente nos apaixonemos pelos personagens, que para além de terem imenso charme são os típicos bad boys que qualquer mulher adora. Isso, juntando alguma nudez, são ingredientes perfeitos para tornar a história mais apelativa. Mas são as personalidade diferentes dos filhos de Smurf que tornam a trama mais interessante. Craig acabou por ser o meu preferido, por já conhecer o actor e porque claramente ele era o mais rebelde e o mais de bem com a vida. Mas nos outros filhos vemos retratados problemas como famílias desfeitas por causa destes negócios, homossexualidade ou stress pós-prisão. Mesmo em Smurf conseguimos encontrar uma personalidade de liderança, mas com muito passado por contar. Claro que como mulher agrada-me ver que este clã seja comandado por uma mulher, mulher essa sem grandes escrúpulos ou princípios, é facto, mas uma mulher também ela apaixonante.


A história desenvolve-se ao longo dos arcos dos diferentes personagens, o que a torna muito menos maçadora, porque há sempre assunto para explorar. Para além dos negócios, é bastante explorada as relações inter-pessoais entre a família Cody. J acaba por ser o centro das atenções, tendo o arco mais importante da temporada e, apesar de ser um miúdo conturbado que muitas vezes me irritava, conseguiu aguentar bastante bem, como personagem, o foco que lhe foi dado. É ele quem tem a maior evolução e que mais surpreende, ao mostrar que se calhar não é um adolescente assim tão burro e que tem o que é preciso para ser um Cody. Quem também tem grande destaque é Pope, o filho que volta da prisão, e que tem uma das histórias mais interessantes e mais trabalhadas. Apesar de ele ser extremamente creepy e o que mais se desenquadra na família, é também um dos que sofre mais desenvolvimento ao longo da temporada. Pode parecer ou não impressionante, mas Smurf, não tendo aquilo a que chamo evolução, é possivelmente a que tem o arco mais surpreendente. Tornei-me absolutamente fã desta mulher. Por causa da disparidade de assuntos, alguns personagens viram o seu desenvolvimento mais condicionado, como foi o caso de Craig e de Deran. Talvez a próxima temporada traga mais foco para estes personagens.


A TNT apostou assim numa série sem pudores, pautada pela dose certa de violência, que tem os ingredientes suficientes para vingar no futuro. Pessoalmente, vi estes dez episódios tão rápido que mal dei por eles a passar. Foi uma agradável surpresa de um canal no qual não deposito grande fé, portanto espero que eles não me desiludam no futuro. E que venha mais família Cody, porque estou desejosa de os voltar a ver!

Vejam o trailer!

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