sexta-feira, 25 de novembro de 2016

[Opinião Livros] As Vantagens de Ser Invisível, de Stephen Chbosky


As Vantagens de Ser Invisível, de Stephen Chbosky


Editora: Rocco
N.º de páginas: 224
Edição/Reimpressão: 2007

Sinopse: Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tacteando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela.
As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir "infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário.
Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo.

Opinião: Este foi um daqueles livros em que peguei nele porque não tinha nada à mão para ler sem ser o que estava no tablet, mas rapidamente se revelou uma leitura bem agradável e interessante, que se destacou por ser um pouco diferente do comum.
Sendo um livro composto por cartas, a sua leitura é logo a partir daí bastante leve. Este podia ser também um factor que levaria a pensar que seria um livro para adolescentes sem grande conteúdo, mas a verdade é que o livro está suficientemente bem escrito para fazer o leitor embrenhar-se no mundo e na dor de Charlie, o personagem principal. Na realidade não dá para se saber a fundo quem é este personagem ou o que lhe aconteceu realmente. Através de cartas que ele escreve para alguém, não sabemos quem, vamos sabendo um pouco do seu passado e do seu presente, das suas angústias e frustrações e como se sente enquanto adolescente incompreendido. É impossível não nos identificarmos em alguns momentos, porque também eu já fui adolescente e fui daquelas tão dramáticas que escrevia para desabafar.
Apesar de ser uma trama para adolescentes, está bem construída. Tem ainda aquilo que eu considerei vantagem de ser contada pela óptica do personagem principal, já que Charlie não é daqueles adolescentes que só têm ar na cabeça. Mas também não há como negar, apesar de ser uma trama agradável, não é daquelas que me vai marcar para a vida, nem sequer no momento da leitura me passou grandes sentimentos.
Em suma, este é um livro bem conseguido, perfeito para quando precisamos daquela leitura mais leve. Tendo em conta a premissa do livro, fico curiosa para ver o filme e se o mesmo vai acrescentar alguma coisa à história, já que outros pontos de vista serão provavelmente acrescentados.

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