domingo, 14 de agosto de 2016

[Cinema] Viver Depois de Ti


Viver Depois de Ti


Título Original: Me Before You
Ano de Produção: 2016
Direcção: Thea Sharrock
Duração: 110min
Género: Romance, Drama
Elenco: Emilia Clarke, Sam Claflin, Jenna Coleman

Sinopse: Louisa "Lou" Clark (Emilia Clarke) vive numa pitoresca vila no campo, em Inglaterra. Sem um rumo definido na vida, a excêntrica e criativa jovem de 26 anos anda de trabalho em trabalho para ajudar a família.
Porém, a sua habitual visão alegre da vida é posta à prova quando enfrenta o mais recente desafio da sua carreira. Ao aceitar um emprego numa mansão local, torna-se assistente domiciliária e companhia de Will Traynor (Sam Claflin), um jovem e abastado banqueiro confinado a uma cadeira de rodas após um acidente ocorrido há dois anos.
Abandonando a alma aventureira de outros tempos, o agora cínico Will desistiu de praticamente tudo. Mas algo muda quando Lou decidir mostrar-lhe que a vida merece ser vivida.
Inspirado no romance de Jojo Moyes, um best-seller aclamado pela crítica, o filme da New Line Cinema e da Metro-Goldwyn-Mayer Pictures "Viver Depois de Ti" tem como protagonistas Emilia Clarke ("A Guerra dos Tronos") e Sam Claflin (da série "Os Jogos da Fome"), e é realizado por Thea Sharrock, que faz a sua estreia na realização de longas-metragens.

Opinião: Talvez seja uma grande falha minha, mas vi este filme sem ler o livro. Aliás, nunca sequer li nada da autora, apesar de ter um livro dela, portanto fui completamente às cegas para o género do história, apesar de já saber que ia existir drama. Por isso mesmo, nesta opinião vou-me abster de comentar acerca de como foi feita a adaptação, e vou-me focar unicamente no filme. E temos aqui um filme que claramente mostra como o mundo cinematográfico inglês consegue ser pequeno, já que no mesmo filme conseguiram juntar Daenerys Targaryen, Finnick Odair, Tywin Lannister, Neville Longbottom, Clara Oswald e Jacquetta Woodville - e provavelmente mais alguns de que já não me lembro!
A história traz-nos uma temática que penso que sempre nos deixa a pensar por ser tão assustadora: a hipótese de um dia, do nada, ficarmos quadraplégicos, presos numa cadeira de rodas, e perdermos completamente aquela que era a nossa vida. Claro que não paramos para pensar nisso em todos os momentos da nossa vida, mas estes filmes realmente colocam-nos a pensar. E claro que a imagem que Will nos passa acerca desse assunto ainda piora a imagem que nós próprios criamos: atenção, acho essa imagem totalmente compreensível e aceitável, mas que só nos faz cair ainda mais no pensamento, isso com certeza faz.


Will é então um jovem a quem a vida parece ter agraciado com tudo de bom, mas que de repente lhe tira tudo. Ele passa a odiar a sua existência e a descarregar essa mesma dor nas pessoas à sua volta, o que me pareceu realmente um cenário muito verdadeiro. É então que entra na sua vida Louisa Clarke, uma jovem cheia de energia que parece que existe para tornar a vida de todos melhor. E tenho que dizer, Emilia Clarke está PER-FEI-TA neste papel. Já não bastava ser linda, como a personalidade de Lou lhe assenta que nem uma luva, E a maneira de se vestir, agir, sorrir, ou ser simplesmente louca? Emilia entrou na personagem de tal maneira que Lou só me deixou mais animada e bem disposta durante praticamente todo o filme. Atenção que acho que Sam Claflin também se adequou ao papel, e não era um papel fácil (a menos que ele seja naturalmente rezingão - isso facilita muita coisa), mas Lou e Emilia conquistaram completamente o meu coração. Impossível não ficar absolutamente apaixonado por ela, já que eu com certeza fiquei. Falando ainda de personagens e actores, que bom que pudemos ver como Matthew Lewis realmente cresceu e se tornou um homem em condições. Só é pena que a personagem dele seja intragável! Por fim, acho que não faltou química nenhuma entre Emilia e Sam. Os dois actores conseguiram criar a ligação e a evolução que a história pedia, ao ponto de que quem assiste consegue sentir perfeitamente as emoções que percorrem os dois personagens.


Esta é uma história de amor dura, com personagens apaixonantes, pelos quais estamos constantemente a torcer. O problema é que, pelo menos eu, estava constantemente a receber facadas e a ficar triste por estes dois, de quem passei a gostar tanto. Curioso que o início do filme foi um pouco custoso para mim: não sendo este um dos meus géneros de filme preferidos, nem a energia de Lou me estava a animar para ver. Mas à medida que Will foi derretendo, comecei realmente a ficar conectada com a história, a querer ver mais e a não conseguir parar. Nem pausa para ir à casa de banho fiz! Mais uma vez fica aqui patente o excelente trabalho dos actores, que conseguiram tornar uma história que só de si já tinha potencial, em algo ainda ais aliciante. E agora a história... já falei no problema da quadraplegia, que é o grande mote, e no relacionamento entre Will e Lou, que como já disse começa complicado mas que acaba por evoluir e se tornar extremamente intenso. Mas existe todo um lado negro nesta história, algo que é difícil aceitar e lidar, especialmente quando já se está tão íntimo da história. Durante o decorrer do filme existe a esperança, a quase certeza de que vai correr tudo bem, mas aquela sombra está lá, pronta para nos absorver a qualquer minuto. Que foi óptimo para me fazer continuar a ver? Com certeza foi. Que mesmo assim foi doloroso? Nem quero falar sobre isso!


No final das contas, sim, gostei muito do filme, mas não consigo ignorar este vazio que a história deixou em mim. Talvez seja suposto ficar sem chão, ficar sem vontade de comer como eu fiquei, mas a mim fez com quem este não caísse na categoria de "wow melhor filme que já vi na vida!". Mesmo assim, para quem gosta do género, o filme vale muito a pena. É sempre importante referir a qualidade do elenco, para além da banda sonora que em alguns momentos funciona mesmo como facadas no coração. Provavelmente não é um filme que compense ver no cinema - mas isso já são opções - mas é um filme que compensa ver, isso é certo.


Vejam o trailer!

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