domingo, 7 de agosto de 2016

[Cinema] Esquadrão Suicida


Esquadrão Suicida


Título Original: Suicide Squad
Ano de produção: 2016
Direcção: David Ayer
Duração: 123 minutos
Género: Acção, Fantasia, Policial
Elenco: Jared Leto, Will Smith, Margot Robbie, Cara Delevingne, Viola Davis, Joel Kinnaman

Sinopse: Reúna uma equipa dos super vilões mais perigosos já encarcerados, dê-lhes o arsenal mais poderoso do qual o governo dispõe e envie-os numa missão para derrotar uma entidade enigmática e insuperável que a agente governamental Amanda Waller (Viola Davis) decidiu que só pode ser vencida por indivíduos desprezíveis e com nada a perder. No entanto, assim que a improvável equipa percebe que eles não foram escolhidos para vencerem, e sim para falharem inevitavelmente, será que o Esquadrão Suicida vai morrer tentando concluir a missão ou decidem que é cada um por si?

Opinião: Antes de mais, é importante dizer que eu sou uma verdadeira noob no que ao universo dos super-heróis diz respeito. Na maior parte dos casos nem sou capaz de distinguir os que pertencem ao universo da Marvel ou da DC (não se preocupem, sei bem que este é da DC!), portanto esta opinião vai-se basear sobretudo naquilo que vi do filme e não sobre aquilo que existe nas comics, já que o meu conhecimento é praticamente nulo.
Não sou fã de filmes ou séries de super-heróis, mas admito que para este o hype estava num nível elevado, Já conhecia personagens como o Joker, o Batman (do qual aliás vi o último filme e achei uma grande tortura) e a Magia e com o tempo, de tanto ouvir falar nela, fui ganhando grande apreço pela personagem Harley Quinn. Todo o meu hype se deveu sobretudo a ela e até me dei ao trabalho de a ir conhecer um pouco melhor nas comics.


Ao contrário de outras opiniões que tenho lido por aí, a primeira parte do filme foi a que me maçou mais. Foi necessária, é verdade, já que tal como eu, outros não conheciam as histórias dos personagens que viriam a constituir o Esquadrão Suicida. Admito que só alguns deles me ficaram realmente na memória (o Deadshot e o El Diablo) com certeza marcaram-me mais, porque a certo momento já estava com dificuldade em focar-me em tantas histórias diferentes. Como disse, foi uma parte necessária, mas foi um entupimento de informação e eu simplesmente não retive tudo. Nessa altura já estava a achar que o filme ia deixar muito a desejar, mas aos poucos as coisas foram animando. Com o desenrolar de alguns momentos de acção fui ganhando novo entusiasmo para o filme e, apesar de ser óbvio que estas mesmas cenas eram apenas espectáculo visual, eu gostei delas. Uma coisa que sempre gostei nos super-heróis (nem sei se hei-de usar este termo neste caso) é quando eles não são realmente sobre-humanos, tipo o super-homem, e neste filme a maior parte deles não o são. São munidos de armas e lutam como qualquer humano, o que no meu ponto de vista é algo positivo para o filme - mas é uma opinião muito pessoal. A nível de enredo, não existe uma trama digna de ser comentada, porque enfim, isto não foi um filme criado para ter uma excelente trama, foi feito pelos momentos de acção. Como de costume, há um bad guy e uns quantos caramelos que lutam contra ele. Nada cliché, nunca antes visto. Neste caso a grande desvantagem é o mau da fita ser a Cara Delevingne, porque não gosto dela e foi realmente tormentoso estar sempre a olhar para a cara dela.


A nível de personagens, penso que uma das grandes questões que se colocava era como é que Jared Leto se ia sair como Joker. E bem, a verdade é que não tenho grandes defeitos a apontar à performance do actor, até porque ele não teve grande margem de manobra para brilhar ou fazer asneira. Mas, não conhecendo assim tão bem o personagem, não gostei daquilo que fizeram com ele. Tivemos um Joker com falta de obscuridade, demasiado apaixonado, completamente com a falta daquela aura que eu sempre imaginei que ele tivesse. E isto não foi culpa do Leto, mas de quem escreveu o guião. Por outro lado, tivemos uma Harleu Quinn que roubou completamente a cena: sexy, louca, divertida, claramente aquela personagem que foi feita para ser a preferida de todos. Provavelmente um pouco superficial em relação aos comics, porque apesar de ela ser claramente influenciável (viu-se como ela se submeteu ao Joker), não é aquela burra que o filme fez parecer que ela é. Isto leva com certeza ao campo dos sexismo, do qual se tem falado muito em quase todos os filmes e neste não podia faltar. Harley Quinn foi obviamente sexualizada e passou a imagem de gostosa burra, o típico cliché sexista. Em várias cenas o corpo de Margot foi usado para conquistar o público e mesmo a vestimenta da personagem serviu em muito para chamar a atenção. Mas de resto. Margot fez bem o seu papel, conseguindo passar para o público a excentricidade da personagem, e isso resultou no amor que todos têm por ela. Em relação aos restantes personagens, que acho que acabaram por ficar um pouco ofuscados, destaco de novo o Deadshot e o El Diablo, que puxaram mais pela emoção do público por causa das suas histórias pessoais. Foram eles que viveram os momentos mais emotivos, como o típico cliché "não quero usar os meus poderes, não quero ser mau, mas tenho que salvar os meus novos amigos", e acabaram por deixar a sua marca. O Deadshot foi até o personagem mais desenvolvido e aquele que teve tempo para que os espectadores criassem empatia com ele, e no meu caso, não o conhecendo de antemão, se lhe acontecesse alguma coisa eu iria ficar chateada. Os restantes admito que já nem sei o nome deles, portanto acho que chega para transmitir a minha opinião sobre eles. 


Este filme está bem longe de ser uma obra de arte. Apesar de ter um elenco bem digno, diria até que bem melhor do que o filme merecia, a trama está longe de marcar e ficar na memória. No entanto, e tendo o filme o propósito de entreter, ele cumpre com esse propósito. Foram duas horas bem passadas, com bastantes momentos soft e com alguns momentos de riso - mesmo que algumas das piadas fossem mesmo do tipo fácil. Importante ainda dizer que a banda sonora do filme está simplesmente espectacular e diria que esse foi para mim o ponto mais positivo do mesmo. Como disse, está bem longe de ser um obra de arte, está mais para um filme mediano, mas é perfeitamente gostável. Eu gostei, e este nem sequer é do meu género preferido de filmes. Se alguém me perguntasse se devia ir ver o filme, eu diria que sim, para ir, porque não era de todo dinheiro desperdiçado.



Vejam o trailer!



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