terça-feira, 5 de julho de 2016

[Novidade] Ouro Preto, de Sérgio Luís de Carvalho

 

Ouro Preto, de Sérgio Luís de Carvalho


Editora: Clube do Autor
N.º de páginas: 296
PVP: 15,00€

Sinopse: Sérgio Luís de Carvalho é autor de uma vasta obra composta essencialmente por romances inspirados em factos reais e livros de divulgação de histórica. Ouro Preto é o título do seu novo romance, um livro que remete o leitor para uma Lisboa deslumbrada pelo brilho do ouro do Brasil e amesquinhada pela pobreza. Entre a comédia e a tragédia, este romance baseado em factos reais transporta-nos para o cenário ostensivo e bizarro do Portugal setecentista. Estamos em pleno século XVIII, vivem-se perigosas manobras políticas, segredos de alcova, amores, desamores e traições insinuam-se por detrás  das procissões, dos autos de fé e das festas cortesãs. Sejam bem-vindos ao
 einado de D. João V, o rei que nos fez sonhar com o ouro preto. Sendo certo que, como se disse antes, mesmo a noite mais escura é sempre sucedida pela luz da madrugada, assim a subida ao trono de El-Rei D. João V iluminou o Paço Real com uma chama dourada que os tempos vindouros se encarregariam de lustrar ainda mais. (…) E então foi um estupor brilhante. Se outrora a humilde corte portuguesa mais se parecera com um beatério de arrabaldes ou com um palacete de província (o que causava desgosto nas infantas estrangeiras que vinham para matrimónio, acostumadas a outros requintes cortesãos), se outrora a corte portuguesa fora um beatério ou um palacete, dizia-vos, eis que agora, com o novo rei, a dita corte se enfeitou de refinamentos e francesismos a que ninguém estava habituado. As damas começaram a poder entrar no Paço, primeiro lentamente, lentamente entrando nas alas palacianas, nas Salas dos Embaixadores ou dos Leões, mirando em soslaio à sua volta assim como quem não quer a coisa; mas depois, passada a surpresa por tamanha liberalidade, logo elas encheram as salas de froufrous roçagantes e de sorrisos escarninhos que faziam os homens olhá-las quando elas passavam, fingindo, é claro, que não davam por nada. O ritmo e a linguagem dão vida à narrativa, intercalada amiúde por cartas de Pedro de Rates Henequim dirigidas a D. Nuno da Cunha e Ataíde, cardeal e inquisidor-mor do reino, e missivas de Alexandre de Gusmão para D. Luís da Cunha, embaixador de Portugal em Paris. Ouro Negro é um romance que se lê num ápice e no qual reconfirmamos Sérgio Luís de Carvalho como um dos principais autores portugueses de romances históricos da atualidade. 

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