terça-feira, 28 de junho de 2016

[Opinião Livros] O Evangelho de Sangue, de James Rollins e Rebecca Cantrell


O Evangelho de Sangue, de James Rollins e Rebecca Cantrell


Editora: Bertrand Editora
Edição/Reimpressão: 2013
N.º de páginas: 496

Sinopse: Alguns livros nunca deveriam ser encontrados, nem abertos… até agora. Um terramoto em Massada, Israel, mata centenas de pessoas e põe a descoberto um túmulo aculto no coração da montanha. Um trio de investigadores – o sargento Jordan Stone, especialista em medicina forense, o padre Rhun Korza, sacerdote do Vaticano e a Dra. Erin Granger, uma arqueóloga brilhante mas desencantada – é enviado para explorar aquela descoberta macabra, um templo subterrâneo que encerra o cadáver crucificado de uma rapariga mumificada.Mas um violento ataque ao local põe os três em fuga, lançando-os numa corrida para recuperarem aquilo que outrora foi preservado no sarcófago do túmulo: um livro que se diz ter sido escrito pelo próprio Jesus Cristo e que se crê conter os segredos da Sua divindade. O inimigo que os persegue é ímpar, uma força do mal muito antiga controlada por um líder de ambições e astúcia incalculáveis.Entre sepulturas delapidadas e igrejas magníficas, Erin e os dois companheiros terão de enfrentar um passado que remonta a milhares de anos, a um tempo em que criaturas demoníacas percorriam os cantos mais negros do mundo, ao momento em que Jesus fez uma oferta milagrosa, um pacto de salvação comaqueles que estavam condenados à eternidade.Porque usam os padres católicos cruzes ao peito? Porque fazem voto de celibato? Porque escondem os monges o rosto com capuzes? E porque insiste o catolicismo que durante a missa o vinho se transforma no sangue de Cristo? As respostas encontram-se todas numa seita secreta do Vaticano, cuja existência é apenas segredada, mas que Rembrandt pintou e deu a conhecer ao mundo, uma ordem obscura conhecida como os Sanguinistas. 

Opinião: James Rollins esteve durante muito tempo na minha lista de autores a ler. As capas sempre me chamaram a atenção e as sinopses diziam-me que era exatamente o tipo de livro que eu gostaria de ler. Acabei por pegar em "O Evangelho de Sangue", cuja sinopse realmente me chamou a atenção, ignorando o fato de o livro ter sido escrito em conjunto com outra autora. 
Este é um livro que começa logo a explorar uma área que sempre me fascinou: a arqueologia. E as descobertas das primeiras páginas empolgaram-me imenso! Estava a começar e já achava que ia ser uma das melhores leituras do ano. O mistério que parecia criar-se em volta dos acontecimentos ainda me entusiasmava mais e por algumas páginas eu só queria ler, ler e ler. Ainda por cima a história conseguiu misturar ainda uma trama relacionada com a Igreja Católica, que é outro ponto que sempre me chamou a atenção. Até que o impensável aconteceu. Numa história que eu estava a considerar ser exatamente o meu estilo, conseguiram meter vampiros. Sim, vampiros. E sim, eu gosto de livros de vampiros e leio livros de vampiros, mas é quando a temática é absolutamente direcionada para isso, não é quando me mandam um balde de água fria destes. Não é preciso dizer que o meu entusiasmo esmoreceu completamente logo ali e a leitura começou a ser mais arrastada que o caracol. Simplesmente não conseguia conceber que tivessem misturado o sobrenatural ali e para mim o resultado final apenas roçava o estúpido.
Aparte de toda esta mescla de assuntos (a sério, estou a escrever e ainda a pensar como lidar com os vampiros), a história traz-nos um trio de personagens que serão a chave para resolver o problema. E quando há um trio em que não são os três do mesmo sexo, ocorre sempre aquele clichezinho do triângulo amoroso, não é verdade? Jordan, Erin e o padre Rhun formam este trio, sendo que este último é um vampiro (sim, é padre e vampiro. Difícil de lidar, eu sei). A relação amorosa acaba por cair mais para o lado de Jordan e Erin, mas achei-a extremamente forçada e sem necessidade nenhuma de ocorrer. Admito que se tivessem matado um deles (ou se o casal simplesmente não existisse) não me tinha feito diferença nenhuma para a trama.
Em resumo, acredito que esta não foi a melhor escolha para me estrear com James Rollins. No entanto, apesar do choque e do balde de água fria que levei, se me abstrair dos vampiros, este livro possui uma história bem construída que, mesmo com alguns clichés, vai puxando pela vontade para continuar a ler. Não fiquei ansiosa por pegar no próximo volume mas, se a oportunidade surgir, acredito que o farei.

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